Se você vem a Paris, alguns museus de moda são parada essencial. Com exposições temporárias e/ou permanentes, o Museu Yves Saint Laurent, o Palais Galliera, o Grand Palais e o Museu das Artes Decorativas oferecem conteúdo fashion de sobra. Todos eles são imperdíveis e também fazem parte do meu programa Paris Style Week.
Museu Yves Saint Laurent
Um dos museus de moda que mais fazem sucesso é o Museu Yves Saint Laurent, inaugurado no fim de 2017. Fica na 5 Avenue Marceau. Os ingressos podem ser reservados on-line.
O mais interessante é que fica onde era o ateliê do de Yves Saint Laurent. No local, o designer passou quase trinta anos desenhando coleções, de 1974 a 2002. Na visita, um momento interessante é o do escritório de Yves Saint Laurent. É uma grande oportunidade ver onde ele desenhava, onde ele recebia clientes da famosa maison.
O acervo aborda principalmente a história da moda do século 20 e as tradições da alta-costura. É um museu que recebe exibições retrospectivas e exposições temporárias, então sempre há novidades interessantes.
Atualmente, está em cartaz a mostra “Yves Saint Laurent: Nos bastidores da alta-costura em Lyon”, que ficará disponível até 5 de dezembro deste ano. O material demonstra a relação entre o costureiro e fabricantes e fornecedores têxteis de Lyon.
A exposição reúne 30 conjuntos de haute couture expostos ao lado de documentos originais, que exploram o processo criativo do estilista. Vale destacar que no mesmo edifício funciona a sede da Fundação Pierre Bergé – Yves Saint Laurent.
Palais Galliera
Outro museu importantíssimo para quem ama moda, e que faz parte da programação do Paris Style Week, é o Palais Galliera, conhecido como Museu da Moda de Paris. O endereço é 10 Avenue Pierre 1er de Serbie. É possível fazer reserva pelo site.
Criado por Paul-René-Léon Ginain a pedido de Marie Brignole-Sale, Duquesa de Galliera, a construção neo-renascentista foi inaugurada em 1895. Desde então, o Palais Galliera passou por outras atribuições antes de ser definitivamente dedicado à moda, em 1977, por meio Câmara Municipal de Paris.
O governo francês, por meio do Ministério da Cultura, investe no espaço. Compra peças em leilões. Essas aquisições ficam para as exposições. Por lá, já passaram mostras de designers como Azzedine Alaïa, Martin Margiela e Jeanne Lanvin.
O acervo do Palácio contempla cerca de 200 mil obras, que englobam roupas, acessórios, fotografias e desenhos, entre outras. As coleções remetem aos códigos de vestuário na França, desde o século 18 até os dias atuais.
Entre os departamento permanentes, estão “Trajes do século 18”, Trajes do século 19”, “Moda da primeira metade do século 20”, “Alta-costura”, “Criação contemporânea”, “Acessórios”, “O gabinete de artes gráficas”, “A coleção fotográfica”, e “Fundação Vogue Paris 2018”.
Grand Palais
Também vale a pena visitar o Grand Palais, que muitas vezes traz exposições sobre fotografia de moda. O edifício fica na 3 Avenue du Général Eisenhower. Construído para a Exposição Universal de 1900, o Grand Palais foi classificado como monumento histórico em 2000. A estrutura tem um tamanho impressionante: 70 mil metros quadrados.
Você sabia que o Grand Palais recebe eventos frequentemente? Entre eles, estão os grandiosos desfiles da Chanel. O Palácio é destino recorrente para a revelação das icônicas coleções da maison. Enquanto comandou a label, Karl Lagerfeld explorou bastante o espaço. A atual diretora criativa da marca mantém a tradição.
Em março de 2021, o Grand Palais entrou em uma fase de restauração que seguirá até 2024. No entanto, algumas exposições estão abertas. Há a opção de comprar o bilhete virtualmente. Confira também as opções de tour on-line.
Museu das Artes Decorativas
Outro que visitamos com o Paris Style Week e vale muito a pena é o Museu das Artes Decorativas, que envolve mobiliário, decoração, artes têxteis. A instituição foi fundada em 1986 por iniciativa de Pierre Bergé e da indústria têxtil francesa, com o apoio de Jack Lang, então Ministro da Cultura.
O acervo de moda do museu consiste em mais de 150 mil itens, sendo têxteis e trajes antigos, assim como peças de alta-costura e do ready-to-wear. Desenhos e fotografias também estão no repertório, assim como arquivos de designers como Elsa Schiaparelli, Madeleine Vionnet e Cristóbal Balenciaga.
Por lá, há exposições fantásticas; algumas organizadas por marcas. A Dior, por exemplo, comemorou os 70 anos da maison, que foi uma das melhores exposições de moda dos últimos tempos.
Um dos arquivos temáticos do museu se chama “Cronologia da Moda 1715-1914”, que exemplifica a evolução do vestuário ao longo dos anos. Outro é focado na história das joias, da Idade Média até o século 17.
Entre as exposições itinerantes que já foram realizadas, está uma dedicada à trajetória da Harper’s Bazaar. A mostra ficou disponível até janeiro de 2021. Já o título “Marche et Démarche – A História do Sapato”, exibido de novembro de 2019 a de março de 2020, mostra como os calçados mudaram da Idade Média até aos dias de hoje, tanto no Ocidente como em culturas não-europeias.
Mais um exemplo: a mostra “Margiela, os anos Hermès”, que ficou no Museu das Artes Decorativas de março a setembro de 2018. A homenagem a Martin Margiela reuniu, pela primeira vez na França, as coleções de prêt-à-porter feminino que ele desenhou para a Hermès ao lado de criações para a marca homônima do designer.
O Museu das Artes Decorativas está situado na 107-111, rue de Rivoli. Oferece visitas guiadas, individualmente ou em grupos. A programação está disponível on-line.
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